
BROKENWOOD UMPIRE´S VINEYARD SAUVIGNON BLANC SEMILLION (375 ML) 2008
Colheita tardia diretamente da “Sauternes do hemisfério sul”. Tem aromas exóticos e acidez plena (mesmo com 15 anos de guarda). Ouro líquido, uma das maiores iguarias do mundo do vinho!
Do repertório ousado da vinícola Brokenwood, apresentamos um dos seus clássicos modernos, que confirma a vocação do terroir australiano, sobretudo das regiões de Hunter Valley para a produção de nobres vinhos de sobremesa (com longo potencial de guarda). A região é conhecida, afinal, como a “Sauternes do hemisfério sul”. Não à toa…
Especialmente em Cowra, no centro-oeste australiano de Nova Gales do Sul, o solo arenoso de argila com subsolo calcário, se mostrou fértil para a produção de Semillon, um dos trunfos das parcelas de vinhas de Umpire, que batiza o rótulo.
Este branco, feito no corte de 30% Semillon com 70% Sauvignon Blanc, partiu de um processo de colheita tardia chamado cordon-cut, no qual separa-se o cacho do talo, mas o mantendo na videira. Sem receber seiva, as uvas acabam murchando e concentrando alto teor de açúcar. O vinho é então macerado e fermentado com baixa intervenção e temperatura controlada em tanques de aço inoxidável e engarrafado imediatamente para reter caráter e frescor.
Embora não tenha sofrido a ação do fungo Botrytis cinerea, conhecido como “podridão nobre”, exibe linda cor âmbar e dulçor exótico no nariz. Banana, cachaça com rapadura, damasco, caramelo, toffee, casca de laranja, mexerica, pudim, melaço de cana, mocha, manga… O vinho não para de se abrir em camadas - um aroma mais distinto e delicioso do que o outro.
O paladar repete essa riqueza de nuances, sendo marcado por doçura na medida ideal e acidez vibrante. Com baixo teor de álcool, o açúcar retido lembra damasco seco e tangerina desidratada, com toques de caramelo, açúcar queimado e melaço no final de boca.
Um vinho incrível, que apesar dos 15 anos de guarda ainda tem vida longa na adega (não entrega qualquer sinal de fadiga). Melhor ainda ao lado de uma seleção de queijos maturados, torta de noz pecã ou como a própria sobremesa, para encerrar uma farta refeição com chave de ouro.
94 Pontos - Sonoma Market
91 Pontos - Penguin Good Australian Wine Guide
A Brokenwood é uma vinícola australiana referência mundial, fundada em 1970 pelo trio Tony Albert, John Beeston e James Halliday, principal crítico de vinhos da Austrália. Ela evoluiu de um empreendimento de fim de semana para vinicultores autoproclamados amadores para o produtor de alguns dos rótulos mais conceituados do país.
Entusiastas do vinho, eles conheciam pouco sobre a prática da viticultura. Com o aprendizado e muitas colaborações de amigos e familiares, os tintos da cave receberam elogios desde as primeiras colheitas.
Com a nomeação do enólogo Iain Riggs, em 1982, aumentaram a sua gama de vinhos para incluir a joia de Hunter Valley, a Semillon. Além do típico Shiraz, Brokenwood é conhecida por produzir alguns dos Semillons mais duradouros da Austrália e um dos vinhos de vinhedo único mais emblemáticos do país, o Graveyard Shiraz, que a principal casa de leilões da Austrália, Langton's, lista entre os 25 melhores do país.
Desde 2009, a Brokenwood conta com a presença do enólogo e vinhateiro Stuart Hordern. Stuart encapsula a nova geração de jovens enólogos, dedicados à região e que se esforçam para produzir os melhores vinhos possíveis enquanto aprendem com os mestres, como seu mentor e antecessor Iain Riggs.
Baixa interferência, processamento manual e carvalho francês de alta qualidade são a norma da vinícola. Na produção destas referências regionais, a equipe de enologia segue a tradição, mantendo-se inovadora na sua abordagem, com um olhar atento aos níveis de álcool, tanino e carvalho para garantir que estes vinhos são equilibrados, mas estruturados para a longevidade.
Na vinícola e nos vinhedos, Brokenwood demonstra seu compromisso com a preservação da terra e a eficiência energética, sendo membro certificado da Sustainable Winegrowing Austrália. Além disso, a vinícola é signatária da Australian Packaging Covenant Organization (APCO) desde 2010.
Alguns projetos recentes incluem um movimento para produção de 23% de energia solar para a vinícola. Nos campos, a plantação de corredores de insetos nativos e culturas de cobertura intermediárias aumenta a biodiversidade e promove a resiliência da vinha, ao mesmo tempo que reduz a sua utilização de produtos químicos.