Sobre o produto
Papa Figos é o nome de uma ave rara que sobrevoa a região do Douro. Foi a espécie que inspirou a criação deste vinho - único e raro - pela tradicional Casa Ferreirinha.
Considerado o melhor tinto português pelo International Wine Challenge em 2019, é mesmo um clássico da região e que nos prestigia com toda a sua potência e elegância safra a safra.
Em sua safra mais recente lançada no mercado, a 2020, nos brinda com morango e framboesa maduras no nariz, que vão ganhando pétalas de violeta e pitadas de cacau em pó conforme o tempo vai passando.
Eis um vinho jovem, porém redondo, pronto para beber e que mostra perfeita integração entre fruta e carvalho - um não se sobrepõe ao outro.
Tem corpo médio, taninos finos e acidez potente. Seu final prolongado deixa sabor de frutas vermelhas com cacau por longos segundos ao final de cada gole. Simplesmente delicioso!
Não deixa arestas no paladar, que saliva por um schnitzel de porco, um risoto ao funghi ou uma tábua de embutidos finos.
História
A história da Casa Ferreirinha está indissociavelmente ligada a uma mulher extraordinária: Dona Antónia Adelaide Ferreira. Nasceu em 1811, na Régua, porta de entrada para os vinhedos do vale do Douro. Ainda que de estatura pequena e reservada por natureza, Dona Antônia era carismática, visionária e empreendedora. Criou novas extensões de vinhas, aumentou e aprimorou os estoques de vinhos velhos da empresa e contribuiu para melhorar as vidas árduas das famílias de agricultores locais, fundando escolas, creches e hospitais. Tal era a afeição da população que lhe chamavam, carinhosamente, de “Ferreirinha”. Com a sua morte, em 1896, deixou como legado um notável patrimônio no Douro.
A grande aposta da Casa Ferreirinha nos vinhos não fortificados viria a surgir cerca de meio século mais tarde. Elaborar vinhos elegantes e de alta qualidade no Douro, com requinte e o elevado potencial de envelhecimento dos vinhos do porto Vintage, tornou-se o sonho de Fernando Nicolau de Almeida. Selecionou as melhores uvas do Douro Superior, repletas de riqueza e estrutura, e combinou-as com outras, provenientes de grandes altitudes, pela sua acidez e aroma.
Assim nasceu, em 1952, o Barca-Velha, um vinho icônico que é, desde então, produzido apenas nos melhores anos, considerado como um dos tintos de Portugal com maior longevidade, elegância e complexidade. Hoje, a gama Casa Ferreirinha, produzida sob a batuta do enólogo Luís Sottomayor, vai desde a juventude de vinhos como Esteva ou Planalto, passando por vinhos mais ricos como Papa Figos, Vinha Grande e Callabriga, até aos excepcionais Quinta da Leda, Antónia Adelaide Ferreira e Reserva Especial, com o Barca-Velha a ocupar o topo da hierarquia.