
DE MARTINO OLD VINES LAS CRUCES 2017
Blend reconhecidíssimo pela crítica de um dos produtores mais dinâmicos e consistentes do Maipo ao trabalhar a ancestralidade do terroir com abordagem gastronômica.
Renomada vinícola de imigrantes italianos no Chile, De Martino elabora vinhos de alta qualidade na microrregião de denominação de origem do MAipo. Na série Old Vines, a casa reúne seus vinhos de caráter, provenientes de vinhas velhas de Cachapoal, Maule e Itata.
Neste caso, do Valle de Cachapoal surge um blend tinto dos mais aclamados pela crítica. Superpontuado, Las Cruces nasce de uma mistura de 75% Malbec e 25% Carmenere, de um vinhedo de 2,8 hectares plantado entre 1956 e 1957. Edição limitada, com menos de 4 mil garrafas produzidas.
Las Cruces é produzido a partir de colheita e desengace manual e com maceração pré-fermentativa sem prensagem, a frio, por 7 dias. A fermentação malolática é espontânea, com uma sequência de descanso em contato com as cascas por 20 dias antes de envelhecer em duas etapas: 5 meses em barris de 15 meses de uso e mais 14 meses em barricas de carvalho francês, conferindo um potencial de guarda de 15 a 20 anos.
Em taça exibe coloração vermelho rubi brilhante. Após decantação necessária, esbanja aromas de mussarela de búfala, abrindo para groselha e ameixa.
Em boca o vinho cresce e mostra toda a opulência frutada e estrutura, com muita elegância, apresentando o toque de leveduras da mínima intervenção. Corte funciona muito bem trazendo violeta e leve caráter herbáceo.
Sua harmonização pede, sobretudo, carnes vermelhas magras ao molho rôti, guarnecido de batatas ou verduras temperadas com ervas finas.
96 Pontos - Guia Descorchados
“Com dois terços de Malbec e um terço de Carménère, todos misturados numa vinha plantada na zona de Las Cruces em 1957, estas uvas são utilizadas neste único vinhedo desde a colheita de 2003. Desde 2011, a vinha é propriedade de De Martino e obtêm um dos vinhos mais brilhantes e frescos do seu catálogo. Este ano, apesar da vindima quente e seca - mas graças a uma colheita precoce para evitar a maturação excessiva - o vinho brilha com sabores e aromas frutados, picantes, carnudos de corpo médio, muito fresco, com uma acidez vibrante no final”
95 Pontos - James Suckling
“Que tinto fácil de beber! Frutas azuis, cerejas pretas, flores, solo escuro recém-revolvido (quase estrume, mas no bom sentido) e especiarias. Apresentação elegante, com a expressão natural de suculentas frutas vermelhas e azuis no palato, arredondadas por taninos suaves e aveludados. Longo. Muito frutado. Malbec e Carménère. Beba ou guarde”
94 Pontos - Robert Parker The Wine Advocate
“A combinação das notas florais do Malbec com as notas picantes e herbais do Carmenere (aproximadamente 25%) funcionam muito bem no Las Cruces Old Vine Series 2019, produzido com uvas provenientes de um field-blend plantado em Cachapoal em 1957 em solos graníticos. As uvas são cultivadas organicamente, mas não certificadas. Fermentou em inox com leveduras indígenas e estagiou em barril de carvalho de 2.500 litros. Possui álcool moderado (13,5%) e maturação e acidez suave. Todos estes vinhos são de corpo médio e taninos finos. 3.695 garrafas e 60 garrafas magnum foram envasadas em fevereiro de 2020.
93 Pontos - Vinous por Antonio Galloni
“O blend 2019 Old Vines Series Las Cruces é uma combinção de Malbec com 25% Carmenere, plantadas em Pichidegua, no Valle Cachapoal. Violáceo em taça. O nariz apresenta notas de ameixas e cinzas com toque de flores desidratadas. O palada exibe estrutura firme e taninos polidos, enquanto os solos garantem um ótimo corpo. Um tinto ligeiro e volumoso”
Em 1934 o italiano Pietro de Martino chegava ao Chile em busca de um lugar único para produzir vinhos. Foi assim que fundou a De Martino, no coração do Valle del Maipo.
Ainda na década de 1990, a vinícola embarcou em um projeto, até então pioneiro no país, para converter as práticas tradicionais de cultivo nos vinhedos em um processo 100% orgânico.
Com todo esse respeito ao sagrado terroir que elabora seus vinhos, o conteúdo engarrafado busca transmitir um sentido de lugar, pureza e equilíbrio. Por isso é tão importante o cultivo sustentável e o uso de técnicas tradicionais de vinificação.
Sob o comando do enólogo Marcelo Retamal, os vinhos refletem o lugar de onde vem, mostrando assim a diversidade única do Chile.