
Gravner Ribolla Anfora (Laranja) 2010
Assinado por Josko Gravner, o papa dos vinhos laranja!
O vinho Gravner Ribolla Anfora é assinado por ninguém menos que Josko Gravner, o papa dos vinhos "laranja", famoso pelo uso das milenares ânforas de terracota e pela longa maceração de seus vinhos naturais. Este rótulo é produzido em Friuli-Venezia Giulia, uma região no nordeste da Itália, uma região espremida entre a Áustria, a Eslovénia, o Mar Adriático e o Vêneto, conhecida pela influência climática dos Alpes e por seus incríveis vinhos brancos. É feito a partir da uva Ribolla Gialla, uma casta branca ancestral e nativa de Friuli, muito comum na região, mas quase uma raridade fora da Itália. Mais comumente utilizada para fazer vinhos espumantes, como o Prosecco. A colheita das uvas para a produção deste vinho foi feita de forma muito especial. A última parcela colhida foi de uvas selecionadas com podridão nobre. Ainda mais especial foi a técnica utilizada para a fermentação, que ocorre de forma espontânea, com leveduras nativas, nas tradicionais ânforas de terracota. O uso de ânforas é a mais antiga técnica conhecida do mundo do vinho, remontando aos tempos antigos na primeira região vitivinícola que se tem notícia: a região onde hoje fica a Geórgia. Após a longa maceração de 7 meses, o vinho passa por envelhecimento de 6 anos em barricas de carvalho da Eslavônia. O resultado é um vinho natural excepcional, de linda cor alaranjada, com aromas ricos de ervas como sálvia e orégano, damasco seco, favo de mel e cascas de frutas cítricas cristalizadas, principalmente de laranjas. Encorpado, robusto e untuoso, harmoniza com queijos mais salgados, como o brasileiro meia cura, risoto com pancetta, e coelho ao vinho branco. Premiado, levou 92 pontos Wine Spectator, 3 Bicchieri do guia italiano Gambero Rosso e 95 pontos Robert Parker. Se for degustar agora, decante por no mínimo duas horas. Para guarda, a estimativa é que ele atinja seu ápice em até 20 anos.
A história de Josko Gravner começa bem antes de se tornar o papa dos vinhos laranja. Formado em enologia, começou a trabalhar nas vinhas velhas que sua família cultivava por gerações na região italiana de Friuli-Venezia Giulia. Na época, seu objetivo era fazer vinhos brancos excepcionais na região, o que o fez angariar alto reconhecimento e os mais diversos prêmios nacionais.
Após uma viagem à Geórgia, no entanto, Gravner teve contato com técnicas ancestrais de vinificação, como uso de ânforas de terracota para a maceração de vinhos. Curioso, trouxe algumas delas para sua vinícola natal e começou a produzir vinhos naturais de longa maceração.
Seu projeto inovador de vinhos brancos logo começou a chamar atenção. Foram logo apelidados de “vinhos laranja” pela sua coloração alaranjada, e a técnica resgatada por Gravner se espalhou, ganhando o coração de enólogos por todo o mundo.
Além do uso das ânforas e da longa maceração, o enólogo também foi reconhecido pelo uso de castas nativas quase esquecidas da região, além de utilizar uvas selecionadas com podridão nobre para a produção de vinhos secos.