MONTEPELOSO ENEO

Os vinhos da Maremma, costa Toscana, são conhecidos mundialmente, mas geralmente é a sub-região de Bolgheri que vem à mente. Lá nasce Sassicaia, Ornellaia, e muitos dos outros grandes “super-toscanos”, poderosos e potentes tintos que comandam valores astronômicos nas gôndolas das importadoras.

Hoje muitos dos melhores produtores da Maremma estão localizados 15 minutos ao sul do miolo de Bolgheri, na sub-região de Suvereto. Com 300 metros de altitude, lá as vinhas recebem ventos frescos, equilibrando a concentração com boa acidez e frescor.

O mítico Tua Rita fica aqui, entre os melhores produtores do mundo (seu rótulo Redigaffi já foi prestigiado com 100 Pontos pelo Parker e pelo Suckling). Ao seu lado, a Montepeloso.

Fabio Chiaretto, produtor, é hoje reconhecido internacionalmente pelos seus blends das uvas internacionais e ancestrais. Segundo o Gambero Rosso, guia mais importante da Itália, “Montepeloso tem conquistado um nível de sucesso e renome no mundo de vinho em tão pouco tempo que fica difícil de entender… até degustar os vinhos.”

Aqui a ampla exposição solar oferece concentração de sabor e potência, porém a elevação oferece acidez e a leve influência marítima permitem vinhos harmoniosos.

Nesta safra mais quente, o resultado é de um blend mais simplificado, mais aromático e mais potente do que na safra anterior, com Sangiovese (65%), Cabernet Sauvignon (25%) e Malvasia Nera (10%).

Pleno e amplo, com menos suculência, porém, com gradação de fruta mais generoso do que os demais Montepelosos da série (A Quo e Alpha).

Um nariz de caramelo e algodão-doce, mas que esbanja de opulência da fruta, extraídas de vinhas mais velhas. Concentra tons de cereja: fresca, xarope e mentol puxando para bala Halls. Leve cacau no final se complexifica com muita mineralidade e toques defumados.

Em boca oferece frutas pretas, frutas vermelhas e um final tânico agradável e muito equilibrado.

Harmonizar com cortes de carnes nobres mais magros, como a filet-mignon ou um risotto de cogumelos.

94 Pontos - James Suckling

“Framboesas e amoras frescas com fumaça e asfalto. Corpo médio a encorpado. Firme e focado. Taninos cremosos e muito finos. Dê dois ou três anos para abrir, mas já é delicioso”

93 Pontos - Robert Parker

“O Eneo 2020 não tem a mesma polpa e massa que vemos na safra 2019; no entanto, mostra muita riqueza e intensidade, especialmente ao nível do buquê. Talvez os aromas sejam mais concentrados e acentuados neste vinho, e há uma bela nota mineral que corta uma linha que liga o buquê ao paladar de médio a encorpado. Esta safra parece mais acessível em comparação com 2019, e o teor alcoólico é de 15%. A produção é de 29.000 garrafas.”

93 Pontos - Antonio Galloni (Vinous)

O Eneo 2020 é brilhante e efusivo, com notável presença de aromáticos, mas, talvez, um pouco menos intenso da maioria dos anos. Isso o faz fácil de beber com o mínimo de envelhecimento. Cereja vermelha, toranja, mentol, canela e um toque de cedro no final.