
S. J. DE PÊRAMANCA PÊRA-GRAVE 2018
Citada numa paródia anônima, dos Lusíadas, de Camões, datada de 1589, a propriedade é descrita por fornecer vinhos aos beberrões: Borrachas, borrachões assinalados/ Que de Alcochete junto a Villa Franca/ Por mares nunca d’antes navegados/ Passaram ainda além de Peramanca [...] Em Évora [...] Onde pipas e quartos despejaram [...] e andaram esgotando/ O império de Baccho [...] Histórica e tradicional, foi revitalizada em 1994, e desde então tem produzido alguns dos mais deliciosos tintos alentejanos. Em 2014 o Pêra-Grave Reserva foi considerado pela inglesa Decanter “Melhor Tinto de Alentejo.” Quanto ao nome peculiar da quinta "Peramanca" (Pedra-Manca), significa "pedra oscilante, pouco segura", é explicado pela existência na região de grandes pedras de granito em equilíbrio oscilante. Desde a época Romana e ao longo dos séculos, os arredores a ocidente de Évora foram considerados como uma das mais importantes regiões produtoras de vinho de qualidade, tendo a zona ficado conhecida por “Terras de Peramanca”, dada a abundância destas pedras oscilantes.
A Quinta São José de Pêramanca é tradicional em Évora, fundada no século XV. O nome evoca o outro Pêra famoso, o Pêra Manca, da Fundação Eugénio de Almeida. Em comum, as duas propriedades têm a história antiga, que remonta às grandes navegações, e o talento para se fazer vinhos incríveis.
Este blend de Cabernet Sauvignon, Syrah, Aragonez (Tempranillo) e Alicante Bouschet evoluiu por 12 meses em barricas de carvalho francês e americano, nas caves da medieval cidade de Évora, e leva a assinatura de Nuno Cancela de Abreu, melhor enólogo de 2016 pelo Guia W Awards, do crítico Aníbal Coutinho.
De profunda cor púrpura na taça, oferece aromas de frutas silvestres, ameixa, amora e groselha, nuances florais, especiarias indianas e um toque de chocolate amargo.
Em boca, o frescor da fruta negra e da acidez são notáveis, somadas às nuances de chocolate e café, aportadas pela passagem por barrica. Com taninos aveludados e corpo médio para encorpado, entrega ainda longa e deliciosa persistência.
Este lindo tinto seguirá evoluindo muito bem pelos próximos 5-10 anos. Para apreciá-lo hoje, recomendamos 40 a 60 minutos no decanter.
Harmoniza muito bem com cordeiro e couscous marroquino ou um bife ancho com chimichurri e batatas bravas.
Citada numa paródia anônima, dos Lusíadas, de Camões, datada de 1589, a propriedade é descrita por fornecer vinhos aos beberrões: Borrachas, borrachões assinalados/ Que de Alcochete junto a Villa Franca/ Por mares nunca d’antes navegados/ Passaram ainda além de Peramanca [...] Em Évora [...] Onde pipas e quartos despejaram [...] e andaram esgotando/ O império de Baccho [...]
Histórica e tradicional, foi revitalizada em 1994, e desde então tem produzido alguns dos mais deliciosos tintos alentejanos. Em 2014 o Pêra-Grave Reserva foi considerado pela inglesa Decanter “Melhor Tinto de Alentejo.” Quanto ao nome peculiar da quinta "Peramanca" (Pedra-Manca), significa "pedra oscilante, pouco segura", é explicado pela existência na região de grandes pedras de granito em equilíbrio oscilante.
Desde a época Romana e ao longo dos séculos, os arredores a ocidente de Évora foram considerados como uma das mais importantes regiões produtoras de vinho de qualidade, tendo a zona ficado conhecida por “Terras de Peramanca”, dada a abundância destas pedras oscilantes.