Sobre o produto

“No Name”, de Borgogno, é um 100% Nebbiolo nascido no Langhe, elaborado conforme os grandes Barolos da região, mas com uma história muito interessante por trás dele.

O vinho “sem nome” nasceu como um protesto contra a excessiva burocracia para a regulamentação dos vinhos através do Consorzio D.O.C.G. Barolo.

A história começou quando a vinícola apresentou seu Barolo da safra de 2005, ainda em barrica, à comissão italiana, e não obteve a classificação Barolo, apesar de superar todos os quesitos exigidos para tanto.

Não é que o vinho não correspondesse às expectativas, é que o Consorzio aprovou uma das duas barricas e reprovou a outra, embora ambas contivessem o mesmo vinho, vinificado e elaborado da mesma forma.

Após meses de luta com o Consorzio, a decisão foi mantido: devido à opinião subjetivo de um funcionário da burocracia italiana, o primeiro e mais histórico produtor de Barolo, com uma produção desde 1761, cujo Barolo tinha sido escolhido para o jantar da comemoração da unificação da Itália como país, teria que lançar seu Barolo como "Langhe Nebbiolo", uma classificação inferior, e assumir todo o prejuízo gerado pela decisão.

A família de Giacomo Borgogno decidiu lutar de forma diferente.

Lançado como “Langhe Nebbiolo”, o produtor lançou seu Barolo com o rótulo “No Name” e “Etichetta di Protesto", afinal é exatamente o que este vinho se tornou: um protesto.

O rótulo viralizou e chamou a atenção da imprensa, consumidores e de grandes críticos.

“Consumidores, prestem atenção. “No Name” vem de fruta colhida dos melhores vinhedos de Borgogno e passa pelo mesmo processo de fermentação e estágio em madeira dos Barolos. Este é um dos melhores achados no mundo de vinho.” Foram as palavras do Antonio Galloni, super-crítico na frente do grupo Vinous, a mais importante do vinho hoje.

O rótulo foi um sucesso e o vinho também, tanto que a Borgogno vendeu a produção toda em poucas semanas, com lista de espera.

Desde então, “No Name” se manteve. Ano após ano, Borgogno “desclassifica” uma porção significativa do seu Barolo para fazer o rótulo, hoje o mais procurado da propriedade, um vinho "cult" dentro da Itália.

As vinhas que dão origem a este prestigiado vinho estão localizadas nas colinas perto de Barolo e repousam sobre um solo calcário-argiloso, o que permite a obtenção de um vinho austero, aveludado e com um caráter extremamente sério, dono de uma estrutura invejável.

Colhidas à mão, as uvas são fermentadas espontaneamente em tanques de concreto com a temperatura controlada (22-28°C), por cerca de 15 dias e, só então, eram ligeiramente prensadas. O vinho envelhece em grandes barricas de carvalho durante 3 anos (36 meses) e ainda passa mais 6 meses em garrafa na adega, antes de estar disponível para a venda.

Em taça é de um belo ruby de reflexos violáceos, já remetendo a leveza. As primeiras notas já entregam aromas quentes de cardamomo e cravo da índia, anis estrelado, pimenta preta sutil, se expandindo em fruta escura bem madura, cerejas e amoras.

Na boca é aveludado e atraente, trazendo junto a fruta taninos sedosos, notas cítricas e excelente frescor. Tem um corpo médio e muita vivacidade, entrega acidez plena, uma certa elegância e finesse que é a marca do produtor, um retrogosto floral e lindos, aveludados taninos que acariciam a boca e bochechas, só obtidas de Nebbiolo da melhor qualidade.

Combina com momentos especiais, descontraídos e jantares íntimos. Harmoniza com pratos típicos do Piemonte, carne de caça, ou até uma rica sopa de ervilha com bacon.

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